Mecanização depende não só de investimento em equipamentos, mas de projeto logístico e racionalização do canteiro

O uso de equipamentos de movimentação na construção civil (sobretudo gruas, elevadores de cremalheira e plataformas de trabalho aéreo) aumentou significativamente nos últimos dez anos. Porém, de acordo com especialistas, esse dado não reflete uma maior industrialização do setor. A maior parte das máquinas existentes no mercado ainda opera nos canteiros das grandes construtoras e incorporadoras, em geral, empresas que já utilizam diversas ferramentas de gestão, projeto e processos construtivos visando a racionalizar suas obras e já compreendem as vantagens financeiras e econômicas do uso desses equipamentos. Para aumentar a produtividade, essa é uma importante barreira a ser superada.

‘As pequenas e médias construtoras, na sua grande maioria, ainda não fazem uso desses equipamentos. Há muito empirismo, muita repetição de modelos, sem preocupação alguma com produtividade’, explica Nilton Nazar, professor do Instituto Mauá de Tecnologia. Para o engenheiro, há uma distinção clara entre os segmentos de obras residencial e industrial no tocante ao planejamento de canteiro. ‘Nos setores industrial e comercial, o uso de peças pré-moldadas, que condicionam o emprego de máquinas de movimentação, é comum, enquanto as edificações residenciais ainda são construídas de modo artesanal’, lembra.

Fonte: Construção Mercado

25 de Outubro – Dia da Construção Civil

Paraná é o primeiro estado a elaborar plano de logística reversa da construção civil

Documento prevê ações de curto em longo prazo e visa a conscientizar todos os agentes da cadeia construtiva

O Paraná é o primeiro estado brasileiro a comprometer-se com a logística reversa na construção civil. Os sindicatos que representam o setor entregaram, nessa semana, o plano à Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema). O documento, desenvolvido em parceria com a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), estabelece mecanismos para a correta destinação dos resíduos gerados nas obras, além de incentivar a adoção de processos que reduzam essa produção no canteiro.

O plano de logística reversa da construção civil do Paraná estabelece metas de curto, médio e longo prazo. Para colocá-lo em prática, será formado um comitê gestor, com caráter deliberativo, composto por representantes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC); do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR); do Instituto Ambiental do Paraná (IAP); da Sema e da Fiep. A atuação do comitê será norteada pelos princípios da sustentabilidade e da destinação correta dos resíduos.

Uma das primeiras ações do grupo será a identificação dos principais parceiros do setor e a adoção de um plano de comunicação dirigida aos fornecedores e associados das entidades para a conscientização desses agentes quanto aos procedimentos que deverão ser adotados. A expectativa é de que as ações desenvolvidas no Paraná sirvam de modelo para o setor da construção civil em outras unidades da federação.

De acordo com informações do Sinduscon-PR, o volume de resíduos gerados pelo setor no Estado é de aproximadamente 200 kg para cada metro quadrado construído. Do total, 25% são produzidos pela indústria formal, 25% pela informal e o restante decorrente de obras de reforma.

Fonte: PiniWeb

 

Construção civil reduz atividade e número de empregados em agosto

Indicadores confirmam retração do setor, informa pesquisa feita pela CNI. Expectativas para os próximos seis meses também são negativas.

Pesquisa “Sondagem Indústria da Construção” divulgada nesta quarta-feira (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que os níveis de atividade e de emprego na indústria da construção caíram em agosto, ficando em 43 e 43,5 pontos, respectivamente.

Os dois indicadores, que se afastaram ainda mais da linha divisória dos 50 pontos, confirmam a “retração do setor”, informa o estudo.

“Há um efeito cadeia no setor. As empresas estão contratando menos o setor de construção civil e a demanda do segmento acaba sendo menor”, explica Marcelo Azevedo, economista da CNI.

Com esse quadro, o nível de utilização da capacidade de operação caiu dois pontos percentuais em relação a agosto de 2013 e ficou em 67% no mês passado, informa a confederação. Ou seja, foram utilizados menos mão de obra e equipamentos.

Segundo a CNI, as perspectivas do setor para os próximos seis meses também são negativas. “Esse quadro ruim pode demorar um pouco para mudar. Temos uma perspectiva negativa a partir de um quadro já negativo”, acrescenta o economista.

O indicador de expectativa de novos empreendimentos e serviços ficou em 48,5 pontos, o de nível de atividade caiu para 48,4 pontos e o de número de empregados recuou para 47,7 pontos. Os indicadores de expectativa variam de zero a cem. Abaixo de 50 revelam previsões negativas.

Fonte: G1

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