Inovações na construção civil garantem sustentabilidade

O crescimento acelerado da população e a migração cada vez maior para os centros urbanos geram, entre outras consequências, maior demanda de energia, transporte, alimentação e infraestrutura. Calcula-se que, até 2050, a população mundial deva chegar a nove bilhões de pessoas e dois terços estarão vivendo nas grandes cidades. Esse movimento deve causar um forte impacto na maneira como a indústria da construção civil se posiciona.

Uma das principais questões a serem repensadas no setor é que, diferente de outras indústrias, a construção não incorporou inovações ao seu processo e continua utilizando as mesmas técnicas há décadas. O método construtivo atual consome mais de 40% da energia produzida globalmente e contribui em 30% com a emissão de gases de efeito estufa, tornando-se o setor que mais consome recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva.

Por isso é preciso pensar e agir diferente no mercado da construção. É necessário aproveitar as tecnologias e materiais que reduzam o consumo de energia, de recursos naturais e que diminuam o impacto no meio ambiente. É indispensável avaliar o ciclo de vida dos materiais e seus reais efeitos na cadeia.

Sabe-se, por exemplo, que o concreto é o segundo material mais utilizado em uma obra tradicional, depois da água. O cimento é responsável por 5% da emissão global de CO2 durante sua fabricação. Para compensar esse impacto, já existem aditivos químicos que garantem um concreto mais adequado a diferentes aplicações e que diminuem em 40% o uso de água em sua preparação.

Além disso, ainda é baixa a dedicação às fases de projeto e planejamento. O uso de equipamentos mais eficientes, processos construtivos e tecnologias que promovam a redução de consumo de energia durante a utilização do edifício não são foco.

Não se estabeleceu como rotina fazer o projeto pensando em eficiência energética. Em muitos casos não há aproveitamento da iluminação natural ou dos ventos para conforto térmico, nem há utilização de novas tecnologias para proteger o ambiente do calor. Ao contrário, os projetos contam sempre com ar condicionado nos ambientes.

O pigmento frio é um exemplo de inovação para proteção térmica que é promissor, porque reduz a necessidade do uso do ar condicionado e pode ser aplicado, inclusive, em reformas e em projetos já iniciados. Adicionado à tinta, ele reflete a radiação solar, mantendo a superfície fria mesmo nas cores escuras. Esse tipo de pigmento foi aplicado e está sendo testado na CasaE, Casa de Eficiência da BASF, em São Paulo.

Talvez seja cultural, mas há certa insegurança nos brasileiros em relação às novas tecnologias. Temos, além disso, um gargalo de qualificação de mão de obra que dificulta ainda mais a entrada de inovações no setor.

Com a nova Norma de Desempenho NBR 15.575, que estabelece padrões mínimos de isolamento acústico, conforto térmico, durabilidade dos materiais e segurança, o mercado da construção civil no Brasil vai passar por fortes transformações. E essa mudança passa pelas inovações químicas, tecnológicas, novos sistemas construtivos e de eficiência energética. Para isso, é preciso quebrar alguns paradigmas, investir mais no planejamento e ter uma visão de longo prazo. Como será esse mercado no futuro? Como prever essas mudanças? O tempo para descobrir essas respostas está cada vez mais curto.

*Alberto Gomes Ruiz é engenheiro civil, formado pela Universidade estadual de Maringá, com MBA pela USP e atua na divisão de Químicos para Construção da Basf.

 

Fonte: Jornal do Brasil

Confiança da construção registra menor queda dos últimos cinco meses, diz FGV
Variação negativa de 8,4% é menor que a registrada em julho, quando o recuo foi de 12,4% em comparação com o mesmo mês de 2013

O Índice de Confiança da Construção (ICST) registrou no trimestre findo em agosto recuo de 9,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior e, na comparação mensal, de 8,4% em relação a agosto de 2013. Os dados, que fazem parte da Sondagem da Construção divulgada nesta terça-feira (26) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), apontam melhora relativa no ambiente de negócios entre os meses de julho e agosto, após cinco meses de pioras consecutivas.

Isso porque no trimestre findo em julho deste ano, o recuo em relação ao mesmo período do ano passado foi de 10,3% e, na comparação mensal, de 12,4%.

De acordo com o levantamento, a melhora relativa do ICST é decorrente de movimentos favoráveis em relação ao estado atual dos negócios e à expectativa para os próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA-CST) passou de -9,2% em julho para -4,3% em agosto, o que representa melhor avaliação do setor por parte dos empresários.

Já o Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 11,7% em agosto, variação menor que a registrada em julho, quando o recuo foi de 15,1%. No trimestre findo em julho a queda foi de 14,0% e, no finalizado em agosto, de 13,5%.

Das 701 empresas consultadas, 20,3% avaliaram como boa a situação atual dos negócios, (contra 22,9%, em agosto de 2013), e 19,7% consideraram ruim (contra 17,7%, em agosto de 2013).

Fonte: Construção Mercado

Vendas de materiais de construção voltam a crescer em julho, diz Abramat
Levantamento mostra que as comercializações aumentaram 7,1% em relação ao mês anterior. Comparado a julho de 2013, no entanto, índice registrou queda de 11,4%

As vendas de materiais de construção aumentaram 7,1% em julho em relação ao mês anterior, de acordo com levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat). Em comparação com o mesmo período do ano passado, no entanto, o índice registrou queda de 11,4%. No acumulado de janeiro a julho houve déficit de 5,7% e, nos últimos doze meses, a retração foi de 2,3%.

Apesar da aparente retomada nas vendas, que em junho haviam apresentado forte queda em função do menor número de dias úteis e do pessimismo do setor, o crescimento entre janeiro e julho é menor que o esperado para o ano de 2014, que é de 2%. A projeção para o período poderá ser revista pela Abramat após o levantamento de agosto.

Já o nível de emprego na indústria de materiais de construção apresentou em julho crescimento de 3,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Na comparação com o mês de junho o crescimento foi de 0,5%, o que representa estabilidade.

Fonte: Construção Mercado

Trevisan Guinchos e Guindastes participa do projeto Biocicleta
A empresa, apoiadora do projeto, ajudará os alunos na montagem da Biocicleta Trevisan

O projeto Biocicleta, idealizado este ano pela empresa ECOSAR em parceria com o Programa UNISC-Escola, arrecadou em dois meses de atividade (maio e junho), mais de uma tonelada de garrafas PET e embalagens plásticas de produtos de limpeza. Ao todo, 24 escolas das redes públicas e privadas estão participando do projeto. Além do município de Santa Cruz do Sul, participam escolas dos municípios de Candelária, Vale do Sol, Vera Cruz, Venâncio Aires, Rio Pardo e Sinimbu.

O Biocicleta trata-se de um trabalho diferenciado de educação ambiental para as crianças e jovens envolvidos, em que procura-se trabalhar o conceito de sustentabilidade ambiental. Dessa maneira, é possível mostrar aos alunos, de forma prática, que é possível reciclar e transformar o lixo em produtos e bens que poderão ser reutilizados e cuja durabilidade é indeterminada, como no caso da Biocicleta.

O objetivo por trás do projeto é unir a necessidade de destinar corretamente as garrafas PET, constantemente jogadas e vias públicas, com a oportunidade de incentivar o lazer e a prática de exercícios por meio da bicicleta, uma forma de transporte alternativo que vem ganhando cada vez mais adeptos.

Neste projeto piloto, são feitas campanhas de recolhimento de garrafas PET e embalagens de material de limpeza plásticas (cores variadas) e são dadas às escolas orientações e sacos adequados para o armazenamento do material coletado. A partir disso, a escola organiza o recolhimento e a pesagem do material diretamente com a empresa ECOSAR periodicamente, até completar o peso mínimo para receber a sua BIOCICLETA. Exemplo: cada kg de PET corresponde a 20 garrafas de 2 litros.

Cada Biocicleta é patrocinada por uma empresa amiga, uma delas é a Trevisan Guinchos e Guindastes. A partir da coleta, o processo de fabricação dos quadros das biocicletas consiste em recolher os materiais pet (que não precisam ser lavados), e encaminhá-los a uma empresa responsável pela moagem e transformação do pet em resina reciclada que, por sua vez, será utilizada na fabricação dos quadros. Essa transformação do pet é considerada ecologicamente correta, pois não utiliza minérios de ferro e bauxita, diminui o efeito estufa por não emitir CO² e não precisa de pintura (pois a cor é injetada no momento da fabricação).

A Biocicleta é um produto de grande importância, pois dá esperança diante da ameaça do planeta, mostrando que o objeto de material poluidor que é jogado fora e que dura milhares de anos, pode ser recolhido para tornar-se algo durável, útil e sem muita manutenção.

Maiores informações sobre o projeto Biocicleta podem ser obtidas junto ao Programa Unisc-Escola, através do e-mail uniscescola@unisc.br, ou pelo fone (51) 3717-7340.

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